Rapha

Gente, escrevi tantas publicações... Na verdade, empolguei com a escrita criativa e espontânea que nem me dei conta que não publiquei o Top V do Mês. Desculpem mesmo galera! Bora compensar, mas... As canções deste mês é dedicado aos meus sentimentos e aos que pensam a respeito. Nos momentos difíceis que estou atravessando, essas canções foram meu porto seguro e minha ajuda (além do suporte da minha família que agradeço e amo muito por não me abandonar). Obrigada a todos e vamos lá? Top I: Gavin James  Top II: Demi Lovato Top III: Ed Sheeran Top IV: Rihanna Top V: Colbie Caillat Não preciso dizer muito, as canções falam por mim.

Recentemente fiz uma caminhada espiritual num local não muito frequentado. Havia paz, tranquilidade e calmaria. Um peso me foi tirado e o desespero que me cercava (não desapareceu) aliviou. A dor está aqui. Está nos lugares, nas pessoas, em casa. Penso e a sinto todos os dias por 24 (vinte e quatro) horas. Só não compartilho mais. Soube como sou e por quem sou amada. Sem reservas. A grande maioria me quer morta, pois estão fartos, tanto quanto eu, das crises. 

Não sei como vou estar amanhã. Ultimamente, meu humor tem oscilado entre bom ou ruim. No tempo que estou planejando, ao mesmo tempo já desisti. Dúvidas me consomem na maior parte do dia. Tenho sentido raiva e desespero. Estou sem controle das emoções. Das minhas emoções! Não sei lidar comigo, imagine quem está em volta? Estou tão perdida, confusa, irritada e exausta por não me manter estável. Não era tão forte e tão presente. Só sei que está acabando com minha cabeça. Será que estou em colapso? Consigo sobreviver mais um mês nessa crise que não para? O que preciso fazer para parar? Onde desliga? O que é certo fazer? Por onde começo? Sei que tenho pernas (duas). Mas elas seguem direções opostas. Estou tropeçando em meus passos.

Frustração é uma merda. Ela impede de ver o que precisa e usar o conhecimento que tem. Há cadeados por toda parte. Você tem as chaves, mas não consegue girar ao colocar na porta. Me sinto um nó frouxo, sabe? Estou no piloto automático da vida... Uma hora o combustível acaba e nada pode ser feito. Apesar das turbulências, sei que o avião está caindo. Só espero que seja uma morte rápida.  

Guardei as sensações e o "EU" em alguma parte do meu cérebro. Não tenho acesso. Está restrito até pra mim. Não posso chamar de zona de conforto, porque não estou e nem me sinto confortável. Estou perdida, confusa e sem expectativas. Estou numa sala gigantesca e lotada, mas as pessoas estão indo embora. Eu não consigo me mexer nem pensar em como sair dali. Eu pedi, chamei e gritei que me ajudassem. Mas todos se foram. Fiquei sozinha naquela enorme sala. Agora tem ecos surdos dos meus pensamentos e está gelado. Apagam as luzes. E  eu ainda estou ali.  

As pessoas não sabem lidar com você. Nem eu consigo lidar com minhas emoções na maior parte do tempo. Todo dia é uma luta constante de não pertencer a nada. Tudo está desabando e ninguém vê. Há um pedido de socorro preso na garganta... Não é só o peito que dói, mas a alma. Queria poder entrar no primeiro ônibus estacionado na rodoviária. Sem destino, com pouco dinheiro, a roupa do corpo e com esse frio na mente. Não é luta, mas uma guerra por controle. A razão e a emoção estão em conflito interno e está transparecendo exteriormente. Não é errado querer se sentir bem. Só é algo que não consigo mais! Poderia haver um buraco isolado e inacessível em qualquer lugar, mas não encontrei ainda. Quero me instalar nele por tempo indeterminado. Sem aviso prévio e término.