Primo Roberto,

Primusko,

Você se foi. Nem tive tempo para me despedir. Recebi a notícia de forma repentina, e em parte senti culpa por não tê-lo ajudado.
Você foi ignorado, mal tratado, apontado, e injustiçado por seu sangue, os que se acham ser sua família. Não ouviram sua versão dos fatos,  apenas tiraram conclusões baseadas em terceiros. Sem provas  e que nem base tinham.

Sempre acreditei em sua inocência, e conheço como é ser diferente dos demais com o mesmo sobrenome, amor de pais nem todos recebemos, e quando damos não somos reconhecidos.
Admiro sua capacidade em perdoar de todo coração quem denegriu sua imagem, e seu diploma.
Você, meu amigo, conselheiro, confidente, irmão mais velho, meu anjo protetor, teve que sobreviver á olhares de curiosos e dedos apontados o tempo todo na sua cara, julgamentos desnecessários, de pessoas que se acham Deus e que não se olham no espelho.

Você, que não julga ou julgou a dor do outro porque tinha as suas cicatrizes abertas e sangrando.
Eu me senti vazia, perdida, desolada e parte minha foi com você, você sempre disse para que eu não perdesse minha ingenuidade, doçura, e meiguice. Sempre acreditou na minha força, e no meu caráter. E o carinho que havia entre nós sempre foi sincero, e sem segundas ou terceiras intenções.
Eu sabia das moradas temporárias, das refeições rápidas, da sua vida nômade, indo de  lugar a lugar, até se acolher na natureza. A salvação estava ali, mas a solidão nos faz ter ideias malucas, e ali também foi seu fim.
Me perdoe por não ter condições de ajudá-lo a sair dessa  vida. Desejo que sua alma descanse em paz. Saiba que te amo muito, e vou sempre orar por sua paz.
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