Primusko, Você se foi. Nem tive tempo para me despedir. Recebi a notícia de forma repentina, e em parte senti culpa por não tê-lo ajudado. Você foi ignorado, mal tratado, apontado, e injustiçado por seu sangue, os que se acham ser sua família. Não ouviram sua versão dos fatos, apenas tiraram conclusões baseadas em terceiros. Sem provas e que nem base tinham. Sempre acreditei em sua inocência, e conheço como é ser diferente dos demais com o mesmo sobrenome, amor de pais nem todos recebemos, e quando damos não somos reconhecidos. Admiro sua capacidade em perdoar de todo coração quem denegriu sua imagem, e seu diploma. Você, meu amigo, conselheiro, confidente, irmão mais velho, meu anjo protetor, teve que sobreviver á olhares de curiosos e dedos apontados o tempo todo na sua cara, julgamentos desnecessários, de pessoas que se acham Deus e que não se olham no espelho. Você, que não julga ou julgou a dor do outro porque tinha as suas cicatrizes abertas e sangrando. Eu ...