Trevas Urbanas


Eu ando por todos os lugares

E vejo a escuridão que reina na luz do dia.

Por todos os lugares existem trevas,

Será que sou o único a ver?



As trevas não estão nas vestes do mendigo,

Que incomoda os grã-finos na porta do banco.

As trevas não estão nas vozes dos “pirralhos”

Que pedem esmolas no sinal.



Esta obscura face da vida está

Na soberba de grã-finos e burgueses

Que desdenham, que fingem não ver

A carência de um mendigo, nem a meiguice de um pirralho.



Ah! Sociedade mesquinha, que mergulhada

Em um mundo de egoísmo

Esquece-se de ser solidária .

Ah! Homens repugnantes que formam essa SOCIEDADE.



Tenho repulsa, estou irado.

Tenho ódio, estou com náuseas.

Essa gente egocêntrica causa nojo,

Essa gente não tem amor.



Eu sei que muita gente vê o que vejo

Mas têm medo, medo de qualquer coisa.

Medo sei lá de quê!

Apenas sei que têm medo de alguma coisa.



Pois calam-se e não protestam.

Vêem e fingem cegos ser.

Talvez as trevas sejam mais vantajosas,

E o amor ao próximo apenas bobagem.



Aonde ando vejo...

Vejo tanta injustiça que parece

Um inferno jorrando larvas...

Larvas de forreta.


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