Muito Além de Mim
Coisas
que eu Sei
(Rapha. B)
É
muito fácil!
Posso
deixar linhas em branco na esperança que um dia possa preenchê-las ou que
alguém as preencha por mim.
Posso
imaginar sendo a dona da razão mesmo não conhecendo propriedades matemáticas.
Criei
e me inventei. Como ser que se mostra ao mundo mas que se esconde pra si.
Sou
ruína reconstruída. Perco-me em pensamentos enevoados.
Procuro
encontrar palavras que de tão miúdas mal formam uma frase.
Paro
pra pensar em tudo o que vivi no que vivo e o que será daqui pra frente. A
resposta está diante de tudo. Viver é ser feliz. Buscar a felicidade é como
tomar doce de criança.
Sinto-me
tomando a felicidade de alguém. Não percebendo que a minha é simples e ridícula.
Um
apartamento pequeno, violão no canto, algumas plantas para animar ao ar,
enquanto rola o clássico na sala, pego pensando em tudo o que poderia ser
diferente.
Um
príncipe... Por mais que dê sua riqueza, que lute com dragões, salve seu povo
da fome e levante a bandeira branca... Não deixará de ser príncipe.
Coisas que eu sei, eu adivinho sem
ao menos ninguém ter me contado.
Sei
que tenho um grito preso na garganta. Creio que ele está parado ali por anos.
Não tenho como me livrar dessa sensação infame e besta.
Penso
que se estivesse em um lugar aberto sem pessoas teria coragem o suficiente para
libertá-lo.
Sei
que ele precisa sair de algum jeito.
Lágrimas
que rolam se não rolaram ainda estão por vir. Meu peito dói. Uma dor sentida
que incomoda. Aperto na esperança de sufocar a dor e ela finalmente cessar. Mas
tudo o que consigo são arranhões.
Meu
coração? Muitos questionam como ele está!
Quer
saber o que costumo responder? Pois bem, vamos lá.
Batendo (Eu acho).
Batidas
leves, doloridas, rítmicas, carregam um peso enorme. Se as veias pudessem
gritar... Diria que estão tentando me avisar que preciso de mais sangue
correndo, menos oxigênio no cérebro, mais pé no chão, menos sentimentalismo e
mais egoísmo.
Não
é tão fácil descrever, mas vou direta ao assunto... O amor às corrompeu. Meu
coração solitário está congelando e adoecendo com o tempo.
Dores
na costa! Isso é o que sinto. Engraçado, agora faz sentido... Tenho que
admitir.
O Amor me matou e continua me
sacrificando por dentro. Está acabando comigo de dentro pra fora!
Tempo.
Preciso dele. Espero ter tempo para repassar tudo isso a quem realmente se
importa com o mundo, por mais idiota e fúnebre que seja. TODOS merecem uma
segunda chance e é isso que nos torna humanos.
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