Reações adversas, "Amigos" e Casa dos 30 chegando...
Boa tarde Meus Amores!
Vamos conversar um pouco.
A vida está seguindo, as horas se passam, e o tempo? O tempo não
para.
Dois meses é o tempo que resta para meus 27 (vinte e sete)anos.
Há um conflito interior que não passa, não cede a nenhum preço.
As espinhas dão espaço as rugas e pele flácida. Olhos se enchem
de lágrimas por pensamentos, lembranças e sonhos tanto esquecidos quanto nunca
realizados. Há medo, aflição, desespero e remorso no que ficou do jeito que
deveria ser e estar.
O brilho da juventude se apaga a cada dia, deixando a mostra
cicatrizes que o tempo não curou. Amor próprio que se perdeu e o amor que
deixei ir de propósito para que não voltasse caso não estivesse pronta o
bastante.
Tenho sentido o peso da solidão a cada dia que se passa. São
tantas dúvidas e promessas de recomeço que não posso tentar imaginar os finais.
Afastei-me do círculo de amizades, todos tem seu projeto vida e
fazem questão de deixar claro que não faço parte do que estão construindo.
Há 3 (três) dias eu me considerava “sem humanidade”. Sentia-me
segura em minhas escolhas, e apta a mudanças. Queria e desejava explorar o
mundo da maneira que surgisse a oportunidade. Era forte e a segurança com que
as gesticulava e impunha ideias, sabia que um futuro poderia existir.
No momento, voltei a ser esquisita, isolada, amarga e triste.
Sonhei esta noite com alguns amigos (é por isso que toquei no
assunto!). Eles estavam vivendo bem sem mim, e quando me aproximei espaços na
conversa surgiram. É bem isso na realidade.
É algo que venho tentando ignorar em meses. Não quero amigos que
colem em mim 24 horas como em filmes americanos, ou que mandem mensagens a cada
5 segundos no dia. Ou que me convidem a todas as festas que vão.
Queria amigos simples como eu.
Que fizesse questão da minha companhia e se sentisse solto e
livre em se abrir comigo sobre isso. Que dividisse segredos e fosse parceiro
nas mancadas. Que me contasse sobre seu dia e me fizesse participar das
conquistas. E comemorá-las!
Que não sentisse vergonha de mim e das bobagens que falo e nos
lugares que falo. Que me chamasse pra sair sem exigir nada em troca e por livre
e espontânea vontade e não porque um amigo de outro amigo pediu pra convidar.
Ou porque temos um (a) amigo (a) em comum.
O que planejava aos 27 não é nada grandioso e impossível. Tenho
visto em redes sociais que as pessoas que considerava próximas a mim na verdade
nunca existiram. Abandonaram-me e quando estão se divertindo em uma festa,
passeio ou sei lá... Não se lembram de mim. Gostam de ver o meu esforço e luta
pra vencer meus pensamentos.
Queria tê-los por perto nesse momento. Geralmente minhas
crises depressivas têm piorado, porque busquei acreditar que teriam pessoas que
se preocupavam comigo e com meu bem estar.
Você olha para o abismo e ele olha de volta pra você! Uma parte
de mim (o que chamo de 5%) quer se preocupar e almeja reconquistar tudo o que
perdi durante essa luta, mas, os 95% (tomado pela depressão) me mantém sã ao
saber que tenho que atravessar a escuridão sozinha, porque na verdade ninguém
se importa, além de si mesmo.
Minha vida é de fachada. Não me lembro de qual foi à última vez
que fiquei só... Ah sim! Sempre. Desde pequenina me sinto assim. Minha presença
intimida as pessoas ao redor. Só não sei por que.
Tudo está de ponta cabeça por aqui. E por mais que eu fale que
quero amigos assim e assado, uma parte de mim aprendeu a esquecê-los também. E
na mesma intensidade que fazem comigo. Não vale a pena lutar por uma relação
que morre sempre que algo acontece.
Sou a opção final. Minha fidelidade nunca foi questionável. Sou
o “cachorrinho” que eles brincam quando querem, alimentam como querem e levam
pra passear onde querem.
Só que não sou boneca: Você brinca e depois guarda na caixa
quando se cansa. Muito menos estou quebrada, portanto não preciso de conserto.
Algo que não faço é obrigar a ficar perto de mim.
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