Nenhuma mulher desiste do amor sem avisar

"No amor, existe o costume do homem dormir o filme inteiro e só se acordar no final. Muitos só se dão conta de que não estão sendo bons quando a esposa decide ir embora. Vem o desespero e a incompreensão da partida.
Percebem que perderam a pessoa amada porque os créditos baixaram na tela. Não reagiram a tempo, não identificaram as adversidades, fingiram normalidade, ocultaram a infelicidade alheia. Assistiram a própria vida amorosa passar rapidamente no escuro, adormeceram na rotina e agora não entendem o roteiro, a trama, os personagens, anestesiados pelo egoísmo. Tem alguém inesperadamente em sua frente arrumando a mala e ameaçando não mais voltar. Não conseguem completar o quebra-cabeça. E são cara-de-pau de perguntar o que fizeram de errado. Não é mais um motivo, são vários, é tarde demais para listar e reaver a esperança.
Nenhuma mulher desiste antes de tentar de tudo. Não é possível dizer que elas não são educadas.
Por detrás de qualquer desistência, houve iniciativas anônimas e solitárias: choro, desculpas, retratações, insistência, conversas, cobranças, pressão, greve, barraco, ligações para os amigos.
O amor é como companhia de energia elétrica. Avisa da inadimplência para depois cortar a luz. Não é feito subitamente. O adeus nunca é abrupto, sempre é carregado de longas advertências.
A questão é que poucos reparam no esforço do outro para salvar a relação. Juram que é drama, exagero, TPM, fofoca.
Todo o fim traz uma justificativa. Se não sabe o que aconteceu, você não merecia mesmo a convivência - vem sendo prejudicial para si mesmo, é capaz de maltratar, ser grosseiro e seguir adiante como se não fosse nada de grave." (Por Fabrício Carpinejar)

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