Família
Em minha família tem de tudo. Desde os primos mais
reservados (meus irmãos) aos mais temperamentais (eu) e festivos (meus tios).
A grande divergência é colocar todas essas
qualidades em um único ambiente.
Em festas e datas comemorativas costumo ficar
isolada, pois sei que meu jeito não é muito aceito pelos padrões impostos por
eles (familiares). No calor do momento, os bêbados falam o que não devem, tem
cenas de ciúmes desnecessárias, olhar da inveja, comparação de quem tem mais e
quem é o melhor; indiretas sádicas, enfim, tudo o que se vê na tevê!
O que eu poderia chamar de Guerra Eterna
Familiar. Não se meter nos interesses é um dos meus planos e tiro de letra. O
problema que ser “na minha” implica intriga e brigas tolas.
Meus irmãos e eu, somos os únicos a não ter carteira
de habilitação, não temos nada além do Ensino Médio no currículo, experiência
na carteira de trabalho por mais de 2 anos, ter uma condução própria ou até
mesmo um bem de grande valor.
Mas acreditem, somos felizes! Mesmo não sendo
casados como os demais ou tendo um (a) namorado (a) como a minoria. Somos o que
chamam de “Ovelhas negras”.
Como pode pessoas de uma mesma família odiar os
que são diferentes! Só porque não pensam como eles. Essa é a essência.
Pode parecer ridículo dizer algo do tipo, mas
feliz é aquele que é independente e não à custa dos seus familiares.
Falo por experiência. Morar “emprestado” na
casa da sua avó paterna só porque sua vida está uma droga e não tem para onde
ir. Principalmente porque perdeu seu emprego recentemente e não tem como pagar
aluguel. O dinheiro da demissão não dura por muito tempo.
E se sentir odiado pelo mundo por saber que
nasceu fracassado é terrível.
Digo isso porque desde pequena desenvolvi um
amor incondicional pela música. Canto no chuveiro, na rua, arrumando cozinha,
cozinhando, varrendo a casa, no trabalho ou aonde quer que eu vá. É uma forma
de ter confiança. Sonhava participar de programas tipo The Voice, Ídolos... Não
me importa chegar ao final, somente cantar para o mundo. Creio que a música
fala com as pessoas e por isso pode mudar a vida e o pensamento delas.
E não é só isso. Outro sonho que não desisto
(mas estou quase desistindo) cursar Arqueologia/História.
Em dois anos ganhei bolsa: Uma não abriu turma
e não tinha turma ingressante para que pudesse mudar de curso. E a segunda, foi
recente, tinha dois dias para apresentar a documentação em outra cidade e como não
estão comigo e sim na casa da minha mãe. Não pude buscar!
Sou diferente e isso incomoda a todos de alguma
forma. Sou comportada, reservada, converso bem, sou inteligente (sou humilde e
modesta e nem por isso vou me diminuir), criativa e persisto nos assuntos que
me interessa. Levo muito a sério a integridade, honestidade e profissionalismo
humano.
Não sou perfeita. E nem gostaria que fosse (pra
ser sincera!). O que seria do perfeccionismo sem os erros que nos ensinam a
crescer?
Estou na pior, exatamente porque não sei como
lidar com minha depressão! O conflito interno não tem fim e agora estou sozinha
nesse navio. Afundando com as palavras que nunca disse e me sinto como uma
bomba relógio... Estou prestes a explodir!
Com isso afasto o maior número de pessoas a
minha volta para que não sofram com o que pode acontecer.
Tenho esse blog como Diário de tudo o que me
acontece e uma forma de ajudar jovens de todo o mundo com essa doença. A
depressão é assunto sério, não é frescura.
Pais, peço que não levem na brincadeira algo
que pode estar matando internamente seus filhos.
A sensação que sentimos não se cura com grande
quantia de dinheiro, carro novo, uma viagem, idas ao shopping, chocolates.
Jovens entre 25 a 28 anos cometem suicídio ou se tornam dependentes químicos.
Muitos fatores contribuem para que isso só piore.
Jovens, contem comigo. Enquanto posso ajudar.
Não é fácil (eu sei), mas não estão sozinhos.
Independente do país em que estejam, sintam-se
a vontade para conversar (mesmo anonimamente) comigo. Meu e-mail está
disponível no blog!
Força!
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