Nunca Fui Beijada
Alguém uma vez me disse que para escrever bem, você tem que
escrever sobre o que você sabe. Isso é o que sei.
Eu tenho 26 anos e eu realmente nunca beijei um cara. Um zero a
esquerda!
A maior parte da minha infância passei trancada no quarto
brincando de bonecas recortadas do Avon e lendo algum livro.
No Ensino Médio não mudou muito. Abandonei as bonecas, mas ainda
sim fiz dos livros meus melhores amigos.
Então aos 17 anos parecia que minha
sorte ia mudar.
O garoto mais bonito da classe me convidou para me sentar ao lado
dele para um trabalho de classe (já que as amigas dele não tinham ido à aula!).
Mas no final de tudo, era só uma piada bem cruel. E uma forma de
me usar, pois ambos tínhamos as melhores notas da turma. Ele só queria me
testar. E disso, eu nunca me recuperei totalmente.
É extremamente embaraçoso dividir isso com o mundo todo. Mas seria
difícil explicar o que aprendi e como aprendi a ter que compartilhar essa
história humilhante.
Prometi que seria diferente ao me formar. Tendo como objetivos
ingressar na Faculdade no Curso de Direito ou Arqueologia.
Também prometi que não deixaria nenhum rapaz me diminuir. Seria
esperta o bastante, independente, corajosa e guerreira.
Mas isso só me prejudicou. Aos 12 anos me apaixonei por rapaz que
tinha 5 anos de diferença. Passei 6 anos suspirando e acreditando que fosse pra
sempre.
Mas me enganei.
Aos 18, conheci outro. Esse pelo qual demonstrou algum afeto e
interesse, mas que se escondeu.
Alimentei esse amor por 7 anos. O que pra mim, foi o mais longo
que já tive. Sempre nos divertíamos na companhia do outro e sempre nos damos
bem.
Só que temia a história acontecer de novo: O primeiro sabia o que
sentia e ainda sim fez questão de me contar que havia beijado outra garota. O
que me feriu profundamente.
O segundo, pelo qual, estava com o “pé atrás”, não foi diferente.
Fez a mesma coisa.
E isso fez meu mundo desabar. Descobri que não tenho sorte no
amor. E que na maioria do tempo sou usada por me deixar ser.
O que acabei descobrindo, foi a mim mesma. E que a escola não
mudou. E que a vida não muda. Só depositamos esperanças falsas. A terra sempre
volta ao eixo de partida. Rodando no mesmo lugar.
Sempre existirão professores muito loucos (como os de História! Haha)
E as garotas ainda estão lá. Aquelas que mesmo quando crescem
continuarão as garotas mais bonitas que já viram.
Os garotos espertos que todos conheciam como cabeças, CDF,
nerds... Mas que eu só conhecia como almas irmãs: Meus professores, meus
amigos.
E ainda tem aquele cara. Com sua confiança misteriosa que parece
perfeito em todos os sentidos. O cara por quem você vai para a escola/faculdade
todos os dias.
Escola não teria sido a mesma coisa sem ele. A Faculdade não seria
a mesma coisa sem ele. Eu, não teria sido a mesma pessoa sem ele.
Eu vivi uma vida inteira de arrependimento depois da minha
primeira experiência no Colégio. E agora, depois da segunda, meus
arrependimentos são um só!
Conheci uma pessoa incrível no tempo em que trabalhei na Instituição.
Fiz planos tolos e criei uma nova vida. Me senti bem e estava acreditando que
poderia ter sido uma nova história.
Embora este artigo possa servir de degrau, não recompensa em nada
o que deixei para trás.
A esse homem. Você sabe quem é. Eu sinto muito. E gostaria de
adicionar mais uma coisa: Gostei de você!
Então eu proponho uma coisa: como final deste artigo e começo de
um novo capítulo em minha vida.
Eu não sei quando irá acontecer esse momento em minha vida e com
quem será. Queria poder ter uma bola de cristal que mostrasse o lado feliz do
futuro. Mas não posso exigir de Deus... Nem do meu anjo de guarda.
Vou aceitar o destino que me foi preparado. Minhas forças se
esgotaram em muitos aspectos.
Tudo o que tinha me foi tirado da noite para o dia. O tempo todo
é assim. E uma hora a gente para de tentar, de lutar de desejar que aconteça.
Coisas boas não acontecem o tempo todo. E quando acontecem, nem
todos se beneficiam!
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