Simplesmente Acontece

Sou muito apegada ao meu círculo de amizades. Sou ciumenta se meus amigos me jogam de escanteio quando conhecem outras pessoas.
Quase nunca me convidam pra sair e quando fazem, é sempre com a galera badalada. Turma no qual não me encaixo. Não por ser chata mas geralmente por não acompanharem meu ritmo e visão.
Alguns gostam de beber, eu opto por não abusar do  álcool em público. Ficar louca e fazer besteira não é meu forte.
Tantos planos que deixei pra lá. Há dois anos meus objetivos eram: trabalhar, cursar faculdade de História, ler, compôr e escrever nas horas de lazer.
Mas com o tempo, certas experiências me fizeram mudar de ideia.
Hoje só consigo pensar em ter uma família. É maluco, eu sei!
Deve ser incrível ter um filho, pra ser seu companheiro, rir de bobagens, fazer brincadeiras, aprender tudo de novo, ser o mundo de alguém e se dedicar a uma pequena vida.
Meu foco era trabalhar. Achei que isso bastasse. Sempre faltou algo!
Ter sua vida programada nem sempre é boa escolha. A vida passa e você não segue o fluxo corretamente, perde detalhes.
Esses nos quais me arrependo e tentaria consertar se pudesse. Faria diferente.
Eu só quero ser de alguém. Cansei de esperar.
Enxergava tudo na fantasia. Queria que minha vida fosse como nos filmes que assisto. Mas quando se espera que aquilo realmente aconteça, sempre vai por água abaixo. As decepções são maiores e você percebe que não tem o controle que pensava ter.
Chamam de Idealizar! É isso o que fiz. Boa parte da minha vida aliás. Não digo a vida toda porque isso colocaria em questão minha infância e naquele tempo, eu não podia decidir qual marca de fralda era melhor pra evitar assaduras. Eu apenas pensava que era feliz por não ter entendimento de nada que acontecia em volta.
Sempre me vi apanhando fisicamente da vida! Não estou choramingando ou sendo vítima. Mas posso dizer que sou grata por tudo o que ela me proporcionou. Aprendi tanto e amadureci de uma forma... Que poucos que me conhecem realmente podem perceber.
A ficha caiu. Faz uma semana que choro todas as noites até pegar no sono. Quando fecho os olhos, tudo o que vejo, são lembranças dolorosas e loucuras que fiz. Impulsos que dei na hora errada, escolhas que fiz na tristeza, amizades que conheci e que nunca estiveram a meu lado, amores não correspondidos, enfim, tanta imagem... Tanto detalhe que fiz questão de falar em minhas canções.
Será que um dia, alguém irá ouvi-las? Não sei essa resposta. Acho que não.
Então tomei a decisão de postar alguns pensamentos no blog. São pra ajudar quem passa pela mesma situação e também é meu desabafo.
Essa é uma semana dura pra mim. Tenho tantas dúvidas a serem sanadas mas não tenho coragem de perguntar diretamente a cada pessoa. Conviver com isso (e pelo tempo que guardo!) tem me feito muito mal e se conseguir tirar da mente, alivia. Está pesado. A cruz é minha, posso carregar, quero e devo. Mas preciso antes, pôr a prova se o que penso é realmente compatível com as respostas alheias.
Quero dizer, de forma simplificada, tenho uma história com cada pessoa que conheci. Só que alguns fatos estão diferentes na minha cabeça, queria entender os erros que cometi e as escolhas que fiz. Porque dependeram do que me foi dito. Passou... Sou um Museu! Mas pra ter paz e seguir, necessito ouvir (por mais dolorosa que seja!) a resposta. 
Quero entender o abandono, rejeição, ansiedade e depressão!

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